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Local

CONSTÂNCIA
Numa pequena colina, na confluência do Zêzere com o Tejo, está Constância, também conhecida por Vila Poema, por causa da sua ligação a diversos poetas. Mas para muitos outros, a vila torna-se ela mesma em poesia em Abril, durante as Festas da Boa Viagem, quando toda a vila é decorada com flores de papel.
De origem provavelmente romana - perto de Constância, temos a estação romana de Alcobre, o vestígio mais antigo conhecido da presença humana nesta região, a vila, que nessa época se chamava Pugna Tagi, sempre viveu dos rios e das suas fainas, não apenas da pesca mas sobretudo do transporte de mercadorias por via fluvial, ligando o interior do país a Lisboa. Não é assim de estranhar que em Constância exista um Museu dos Rios e das Artes Marítimas para que as fainas do rio não fiquem esquecidas pelas gerações que do rio já não tiram o ganha-pão.
As mudanças dos meios utilizados para o transporte das cargas, ou seja, a substituição dos barcos pelos comboios e pelos camiões, vieram alterar profundamente a organização sócio-económica da vila. Só as tradições se mantiveram, e dentro delas, Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem, nascidas da fé dos marinheiros há mais de 200 anos.

Igreja Matriz de Constância

A Igreja Matriz de Constância, consagrada a S. Julião, situa-se nas proximidades da confluência entre o rio Tejo e o Zêzere. De grandes proporções, a igreja foi construída em 1636, não revelando a sua fachada a monumentalidade interior. A frontaria é dividida em três panos desiguais por grandes pilastras de cantaria, sendo o central rasgado por três portais de linhas retas, o axial de maiores proporções, sobrepujados por três janelas gradeadas e de verga curvilínea. Os dois panos menores apresentam três pequenas aberturas, elevando-se do pano direito a torre sineira, rasgada por ventanas ladeadas por colunas e pilastras compósitas, com cobertura bolbosa e cimalha marcada por acrotérios. A parte central da empena é rematada por uma estrutura de aletas contracurvadas e cruz latina, tendo no tímpano uma minúscula abertura circular.
O seu interior é formado por uma nave única, coberto por um teto de esteira em forma de berço, decorado por uma pintura central moderna, executada por José Malhoa, alusiva a N. Sra. da Boa Viagem abençoando a união do Zêzere com o Tejo. Lateralmente, abrem-se diversas capelas com estruturas retabulares setecentistas, repousando sobre os pilares destas esculturas de mármore os quatro doutores da Igreja, respetivamente, S. Jerónimo, Sto. Agostinho, S. Gregório Magno e S. Tomás de Aquino. Nos altares laterais expõem-se diversos santos do barroco setecentista, em madeira policromada e estofada, destacando-se as imagens de N. Sra. da Boa Viagem, de Santa Rosa, de S. Miguel e de N. Sra. da Piedade. O púlpito, com o seu alto dossel bolboso, é uma composição equilibrada e o órgão de tubos é uma obra datada de 1827 e realizada pelo mestre Xavier Machado e Cerveira.De grandes proporções e coberta por uma abóbada de berço, a capela-mor apresenta um rico revestimento de embutidos em mármore negro e branco, solução artística própria dos finais do século XVIII.

Pelourinho de Constância

 

O Pelourinho de Constância, situado na actual Praça Alexandre Herculano, Constância, foi construído em 1821, em substituição ao que foi destruído durante as invasões francesas.
Este pelourinho apresenta uma base com dois degraus octagonais, sobre a qual assenta uma coluna encimada por um capitel jónico, que termina com uma esfera armilar em ferro forjado. À volta da base do pelourinho podemos observar oito frades, colocados no início do século XX.


Está classificado pelo IGESPAR como Imóvel de Interesse Público desde 1933.​

Jardim Horto de Camões

 

A Associação Casa-Memória de Luís de Camões instalou, em terreno cedido pela Câmara Municipal de Constância, este singular Jardim-Horto que se tornou o mais original e vivo monumento erigido no mundo a um poeta.

Para além da flora camoniana aqui retratada de forma delicada, o Jardim conta com um diversificado conjunto de motivos de interesse: um elucidativo painel de azulejos reproduzindo o perfil dos três continentes percorridos pelo Poeta, um Jardim de Macau, um pequeno auditório com uma reprodução do Planetário de Ptolomeu, uma Esfera Armilar (oferta da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e concepção dos escultores António Trindade e Alípio Pinto), um poço de traça árabe e uma âncora do séc. XVII arrancada ao Tejo e classificada pelo Museu da Marinha.

A estátua de Camões à entrada do Jardim-Horto, criação e dádiva do mestre escultor Prof. Lagoa Henriques, retrata o Poeta sentado à sombra dos arcos da Casa da sua Memória, contemplando o formoso Rio Zêzere.

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